Conheça a história do torneio de seleções mais antigo do mundo. Os campeões, as partidas mais memoráveis e todos os detalhes das edições passadas.
Conheça a história do torneio de seleções mais antigo do mundo. Os campeões, as partidas mais memoráveis e todos os detalhes das edições passadas.
Um dos momentos mais esperados no futebol sul-americano finalmente chegou. Estamos falando da 48ª edição da Copa América, que vai acontecer entre junho e julho de 2024. Neste ano, a Betsson foi escolhida para ser a parceira oficial das apostas esportivas da Copa América. Por conta disso, vamos contar algumas informações importantes sobre o torneio, além de falar um pouco mais sobre as equipes que estão lutando pelo título continental.
A Copa América de 2024 marca a celebração dos 108 anos da criação desse torneio. Uma história que começou na Argentina em 1916, quando o país foi sede da primeira edição da competição sul-americana. Os uruguaios foram os campeões na ocasião, após superarem os anfitriões na final. Desde então, a Copa América se manteve como uma grande tradição e é reconhecida no futebol por ser o torneio de seleções mais antigo do mundo.
Durante todos esses anos, o Uruguai (Grupo C) foi a seleção que mais participou do torneio e junto com a Argentina (Grupo A) são os dois times que levantaram mais vezes. Atualmente, a Celeste e a Albiceleste contam com 15 títulos da Copa América cada uma. Isso significa que um título dos argentinos ou dos uruguaios em 2024 daria a liderança a um desses dois rivais no ranking dos campeões.
Entretanto, essas não são as duas únicas seleções que estão na corrida por mais títulos da Copa América. O Brasil (Grupo D) conta com 9 títulos do torneio e segue firme com o objetivo de vencer novamente e se aproximar ainda mais dos dois principais rivais do futebol sul-americano. Outras seleções que já foram campeãs são: Paraguai (2), Chile (2), Peru (2), Colômbia (1) e Bolívia (1). Recentemente, essas equipes começaram a desafiar o favoritismo das três maiores campeãs, tornando a Copa América um torneio mais equilibrado e imprevisível.
A 47ª edição da Copa América se destacou como um dos torneios mais emocionantes da história recente da competição. Com os jogos acontecendo no Brasil, a disputa não contou com seleções convidadas pela primeira vez desde 1991. A Seleção Argentina saiu vitoriosa em pleno Maracanã, consagrando Lionel Messi e todo o elenco convocado.
O campeonato aconteceu em um formato especial devido às condições sanitárias do momento, os participantes foram divididos em dois grupos e disputaram entre si as vagas para a fase final. Em 2021, quando a Copa América voltou a ser jogada em território brasileiro, os grupos com as 10 seleções foram divididos da seguinte forma:
Desde os primeiros jogos da competição, foi possível assistir a um futebol de grande qualidade por parte das seleções. Além de alguns resultados surpreendentes, as partidas também foram marcadas pela abundância de gols nas rodadas desta primeira fase.
Nesta fase de grupos, o Brasil mostrou ter uma equipe equilibrada e com qualidade suficiente para vencer os adversários. Com 10 gols marcados e apenas 2 sofridos, a seleção conseguiu avançar com certa tranquilidade na liderança do Grupo B. Na segunda posição, e de forma surpreendente, ficou o Peru. Após as cinco rodadas iniciais, a Blanquirroja conseguiu conquistar duas vitórias, contra Colômbia e Venezuela, além de empatar com o Equador por 2 a 2. Esses resultados foram suficientes para garantir uma vaga na fase seguinte.
Para as quartas de final da Copa América de 2021, se classificaram os quatro primeiros colocados de cada grupo. Isso beneficiou o Equador e o Chile, que foram as equipes que garantiram vaga, mesmo ficando na quarta posição dos grupos A e B, respectivamente. Os Chilenos quase conseguiram aproveitar essa chance.
Um ponto interessante das quartas de final, e que mostra como essa edição foi emocionante, foi a quantidade de decisões por pênaltis. Duas das quatro partidas terminaram empatadas no tempo regulamentar, com destaque para Peru e Paraguai que terminou 3 a 3, e os classificados foram decididos após a cobrança das grandes penalidades.
A Argentina foi a única seleção que avançou para a semifinal sem sofrer, após derrotar a equipe do Equador por 3 a 0, com gols de Rodrigo de Paul, Lautaro Martínez e Lionel Messi. Enquanto isso, a Seleção Brasileira sofreu para vencer o Chile na disputa por uma vaga e avançou com o gol solitário de Lucas Paquetá. Para colocar a situação ainda mais difícil, Gabriel Jesus foi expulso logo no início do segundo tempo. Contudo, a seleção soube aguentar a pressão para garantir a vitória e seguir na competição.
O Peru passou por sufoco contra o valente Paraguai. A equipe venceu nos pênaltis, com Gianluca Lapadula, Yoshimar Yotún, Renato Tapia e Miguel Trauco acertando todas as batidas. Porém, a maior surpresa desta fase foi a vitória da Colômbia, também nas penalidades, contra o favorito Uruguai. Os Cafeteros foram perfeitos nas cobranças, com Duván Zapata, Davinson Sánchez, Yerry Mina e Miguel Borja garantindo uma vaga na semifinal.
Duas partidas bastante tensas deram o tom das semifinais da Copa América de 2021, que ficou marcada principalmente pela vitória argentina nos pênaltis contra a forte seleção colombiana e também pela vitória do Brasil sobre o Peru.
Na primeira semifinal, o Brasil teve pela frente um velho conhecido, o Peru. Na fase de grupos, os brasileiros já haviam aplicado uma sonora goleada por 4 a 0 contra os peruanos e o reencontro seria diferente, porém, com o mesmo final: vitória da Seleção Brasileira. Em um jogo sem sustos, o Brasil contou novamente com a estrela de Lucas Paquetá, que anotou aos 35 do primeiro tempo, depois de uma grande jogada de Neymar. No segundo tempo, a seleção controlou o jogo e garantiu a vaga na grande final.
Na segunda partida das semifinais, a Argentina teve que se esforçar para bater a Colômbia. O primeiro tempo foi controlado pelos argentinos, que conseguiram abrir o placar com Lautaro Martínez e levar a vantagem para o intervalo. Na segunda metade, os colombianos partiram para o ataque e chegaram à igualdade com Luís Díaz, levando a decisão para os pênaltis. Nesse momento derradeiro, brilhou a estrela de Emiliano Martínez, que conseguiu defender três cobranças e levar seu time à final.
A grande final da Copa América 2021 teve como disputa o grande clássico das Américas, assim como na edição de 2004, quando a seleção brasileira venceu a Argentina. No entanto, o roteiro da Copa América 2021 teve um final diferente. A Albiceleste mostrou consistência durante todo o torneio, por outro lado, a Canarinho sofreu mais do que o esperado e chegou ao Maracanã, palco da final, menos favorita do que quando começou a campanha.
Durante os 90 minutos de jogo, a Argentina de Lionel Scaloni provou novamente sua disciplina tática e solidez defensiva, reduzindo os espaços e causando muitos problemas para o time do técnico Tite, que pouco criou, e ainda viu Ángel Di María abrir o placar aos 22 minutos da primeira etapa. Após falha de Renan Lodi na cobertura, o argentino avançou e tocou por cima de Ederson para colocar os argentinos a frente no placar e mais próximos do 15º título da Copa América.
Na volta do intervalo, a Seleção Brasileira tentou empatar, no entanto, a doutrina defensiva argentina foi implacável e não deu espaços para o ataque brasileiro criar. Neymar, Lucas Paquetá e Richarlison até tentaram, esse último marcou um gol, anulado por impedimento. Sem conseguir mudar o rumo do jogo, o Brasil ainda viu Messi desperdiçar uma oportunidade clara. O juiz então apontou para o centro de campo e decretou o fim da partida. Festa azul e branca no Maracanã, Argentina campeã.
O título foi fundamental para o grupo de jogadores da Seleção Argentina, que no ano seguinte conseguiram alcançar a maior das glórias do futebol: vencer a Copa do Mundo. Assim como na Copa América 2021, a equipe foi liderada por Messi, eleito o melhor jogador do mundial disputado no Catar, e a Albiceleste teve no goleiro Emiliano Martínez outro destaque da campanha campeã do mundo.
Durante as várias edições do torneio, algumas equipes fizeram história e brilharam o suficiente para serem lembradas de maneira honrosa na Copa América. Vamos fazer uma pequena retrospectiva e relembrar quais elencos conseguiram entrar para a categoria de melhores equipes da Copa América.
A La Roja conseguiu os seus dois únicos títulos da Copa América de maneira consecutiva e surpreendeu todos os rivais e fãs do futebol sul-americano. O primeiro título chileno aconteceu na edição de 2015 e foi uma agradável surpresa aos torcedores locais, pois o país era o anfitrião do torneio. A equipe eliminou o Uruguai, o Peru e venceu nos pênaltis a final contra a Argentina. Uma campanha perfeita e com um final feliz.
A segunda conquista veio no ano seguinte, em 2016, durante a disputa da Copa América nos Estados Unidos, que foi uma edição especial em comemoração aos 100 anos do torneio. Os jogadores chilenos eram praticamente os mesmos do título anterior, e isso fez com que a equipe chegasse ainda mais preparada. Após avançar na fase de grupos e passar por México e Colômbia, a La Roja voltou a enfrentar a Argentina na final. A vitória, novamente nos pênaltis, garantiu o segundo título consecutivo do Chile e colocou alguns jogadores do elenco na lista dos melhores jogadores da Copa América.
O melhor jogador do torneio foi o ala Alexis Sánchez, enquanto o artilheiro da competição foi o atacante Eduardo Vargas, que marcou seis gols nas seis partidas que disputou. Além disso, o prêmio de melhor goleiro da Copa América Centenário foi para Claudio Bravo, que recebeu esse título pela segunda vez na carreira e de forma consecutiva.
Quando o assunto são títulos consecutivos, é impossível deixar de lado o elenco da Argentina que marcou uma era e até hoje é a única seleção tricampeã na história da Copa América. Durante esses anos vitoriosos, jogadores como Adolfo Pedernera, José Manuel Moreno, Norberto Méndez e o craque Alfredo Di Stéfano marcaram para sempre a camisa alviceleste e foram responsáveis por um dos momentos mais gloriosos do futebol argentino.
Um destaque especial vai para o meia-direita Norberto Méndez, que até hoje, ao lado do brasileiro Zizinho, é o maior artilheiro da história da Copa América. O jogador argentino marcou 17 gols em 17 partidas disputadas na competição.
A Seleção Brasileira não poderia ficar de fora dessa retrospectiva de grandes elencos. Nada melhor do que falar da equipe do Brasil de 1999, que talvez seja o melhor time que já disputou a Copa América. A lista de jogadores convocados para o torneio daquele ano tinha nomes como Dida, Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Todos esses craques marcaram história na competição e, mais tarde, no futebol mundial.
Na disputa da Copa América de 1999, esse grupo de jogadores conseguiu fazer uma campanha perfeita. Além de vencer todos os jogos, o time sofreu apenas dois gols e foi campeão sem qualquer dificuldade. Destaque especial para o atacante Rivaldo, que ficou com o prêmio de melhor jogador do torneio.
Em mais de 100 anos de história, a Copa América já foi palco de vários confrontos que ficaram marcados na mente de torcedores e de fãs do esporte. Vamos revisitar alguns desses momentos e relembrar os três jogos mais memoráveis, além de algumas curiosidades sobre a Copa América.
Em 2001, o Brasil foi vítima de um dos jogos mais surpreendentes da história da competição. Uma partida que contou com um final inesperado para a maioria dos fãs que apostaram na Copa América. Durante as quartas de final, o hondurenho Saúl Martínez marcou duas vezes no segundo tempo e eliminou a equipe brasileira, conseguindo uma vaga mais do que merecida nas semifinais.
Na Copa América de 2016, quando o Chile garantiu o segundo título consecutivo, o confronto dos campeões contra o México ficou marcado para sempre. A partida válida pelas quartas de final foi uma vitória histórica da La Roja no torneio. Com quatro gols de Eduardo Vargas, dois de Edson Puch e um de Alexis Sánchez, a equipe chilena humilhou os rivais e seguiu caminho para mais tarde se tornar campeã.
A edição disputada no Peru conseguiu realizar o sonho de milhões de torcedores e fãs de futebol: uma grande final entre Brasil e Argentina. Após a partida chegar aos minutos finais com um empate de 1 a 1 no placar, o argentino César Delgado marcou aos 42 minutos do segundo tempo e praticamente sacramentou a vitória. Alguns jogadores argentinos, como Carlos Tevez, chegaram a comemorar o título. Porém, em jogada que ficou para a história, o atacante Adriano Imperador conseguiu buscar o empate aos 48 minutos. O Brasil ainda conseguiu vencer a disputa de pênaltis para ficar com o título e marcar para sempre essa partida na história do futebol sul-americano.